Esse é meu time, participei da seleção de cada um deles, juntos vivenciamos as mais complexas experiências do mundo corporativo. Eles aprendem comigo e eu aprendo muito mais com eles.
A primeira vez que falei sobre gestão, eu estava na pós-graduação no Mackenzie, ali eu percebi o quanto gostava do tema e o quanto influenciar a vida das pessoas nas organizações podia ser algo gratificante. Mas ainda estava longe de gerir alguém diretamente e o aprendizado era apenas nos livros e nos exemplos que ouvia das pessoas.
Trabalhar com recrutamento exige, de alguma forma, que você lidere projetos o tempo todo, e esses projetos somente têm vida porque colocamos pessoas neles. Ou seja, gerenciamos pessoas, emoções e expectativas todos os dias e isso é algo que nos faz aprender muito sobre negócios, culturas, resultados e o mais importante: sobre a vida dessas pessoas.
Alguns anos depois, tive a oportunidade de construir minha equipe e aprendi que liderar requer muito mais que planejar uma carreira, requer conhecer vidas e entender quais objetivos e sonhos cada um possui dentro de si. Requer estabelecer metas e engajar ao longo do árduo caminho, requer “puxar a orelha” quando necessário e elogiar e agradecer pelo trabalho bem-feito, pela superação e conquistas geradas.
Aprendi e aprendo todos os dias, que é preciso dividir o que aprendo e ouvi-los para amadurecer ideias e criar formas de impactar positivamente nosso ambiente. Aprendi que os líderes, às vezes, se sentem sozinhos e que esse momento também é necessário para amadurecermos e superarmos nossos próprios medos.
Hoje em dia, muito se fala sobre a diferença entre líder e chefe, sobre as mudanças nas bases de gestão e MUITO sobre novas gerações. Acredito sim, que tudo isso tem efeito e gera impacto no mundo atual. Mas a verdade é que o líder, venha de onde vier, tenha a idade que tiver, ele precisa ter uma coisa que nunca sai da “modinha”, que é: a EMPATIA e a VONTADE DE APRENDER JUNTO.
Somos o reflexo das experiências profissionais que vivemos a cada dia liderando, e isso faz com que sejamos melhores no dia seguinte e que a caminhada valha a pena. Espero, de coração, que os líderes entendam cada vez mais que não é preciso saber de tudo para ser respeitado. E que a troca de conhecimento se dá com os diversos níveis hierárquicos de uma companhia. Saber ser honesto, respeitar, dividir conhecimento, proporcionar cultura de confiança valem muito mais do que saber todas as respostas de um trabalho técnico. POR FAVOR, não vamos ser radicais: saber o trabalho técnico é sempre importante, o que quero dizer é que ISSO NÃO É A ÚNICA COISA que faz um líder ser respeitado.
Vivemos uma era corporativa pautada em engajamento. Isso é a alma dos negócios e se os líderes não estiverem alinhados nesse sentido, muito pouco será convertido em resultado final nas instituições.
“ O processo de partilhar o poder com seus colaboradores, aumentando assim sua confiança na própria capacidade de desempenhar suas funções e a crença de que influenciam a empresa com suas contribuições” (B e Snell, 1998).
Se você é líder ou quer ser um líder, faça uma reflexão do quanto você se cobra para saber tudo, para dar conta de todos os e-mails da sua caixa, o quanto você quer ter o controle de tudo para mostrar “quem manda ali”. E lembre-se de que liderar é MUITO mais do que isso…
Boa reflexão!
Um agradecimento especial aos meus pupilos, que enchem minha vida de gratidão, mesmo naqueles dias que me deixam de cabelo em pé! Rs
Vocês são demais!
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